quinta-feira, 28 de outubro de 2010
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
O Grande Engano
Palavras como disfarce, imitação ou cópia são conhecidas de todos. Também no cristianismo há pessoas que se dizem “cristãs”, mas no fundo não o são.
Um automóvel parou ao meu lado em um espaço para descanso à margem de uma auto-estrada na Alemanha. Alguém me ofereceu os “melhores artigos de couro” por pouco dinheiro. Como fui totalmente surpreendido pela oferta e também tinha pouco tempo, comprei um objeto pequeno. Apenas mais tarde percebi o tipo de “artigo de couro” que havia adquirido: uma imitação barata, que desmontava só de olhar para ela.
Há muitas coisas falsas, quase idênticas às verdadeiras, difíceis de distinguir das genuínas, como roupas, relógios, jóias, quadros, tapetes, etc. Precisamos de especialistas que consigam diferenciar entre o verdadeiro e o falso com base em detalhes mínimos.
Também no cristianismo há imitações, disfarces, cópias, cristãos que parecem verdadeiros e, no entanto, são falsos. Isso é ilustrado de forma clara na parábola das dez virgens (Mt 25.1ss): exteriormente, as cinco virgens néscias eram muito parecidas com as sábias, exceto pelo fato de que lhes faltava o óleo (um símbolo do Espírito Santo que habita nos salvos). Muitos vivem uma vida cristã porque são levados pela corrente do cristianismo que os cerca. Seu ambiente é cristão e por isso eles também o são.
Não quero que esta mensagem roube a certeza da salvação de ninguém que tenha no coração essa convicção pelo testemunho do Espírito de Deus. Além disso, tenho certeza de que um cristão espiritualmente renascido não pode se perder (Hb 10.10,14). Mas também não quero que alguém ponha sua confiança em uma falsa segurança, em algo que nem mesmo existe.
Às vezes admiramo-nos quando pessoas, que eram consideradas cristãos autênticos, de repente se desviam da fé e não querem ouvir mais nada a respeito de Jesus e da obra que Ele realizou na cruz do Calvário, chegando até mesmo a negá-la. O apóstolo João também passou por essa experiência dolorosa, descrita em sua primeira carta: “Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos” (1 Jo 2.19).
Este buquê de flores é verdadeiro ou não? Também no cristianismo há imitações, cristãos verdadeiros e falsos cristãos.
A Bíblia não esconde o fato de que além do cristianismo verdadeiro, legítimo, renascido da “água e do espírito”, há também um cristianismo aparente, formado por “cristãos” que não estão ligados a Jesus, não estão enraizados nEle, não vivem nEle e por Ele. Mesmo que tudo pareça legítimo, eles não passam de uma imitação. É desses “cristãos” que Paulo fala ao escrever a Timóteo, em sua segunda carta: “...tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes” (2 Tm 3.5). A Edição Revista e Corrigida diz: “...tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te”. Na Nova Versão Internacional lemos: “...tendo aparência de piedade, mas negando o seu poder. Afaste-se desses também”.
Sendo cristão sem ser cristão
De acordo com pesquisas nos EUA, quase metade dos americanos se dizem cristãos renascidos. Mas uma análise mais aprofundada revelou que muitos confundem o novo nascimento com uma sensação positiva a respeito de Deus e de Jesus.
Um levantamento estatístico entre os cristãos praticantes nos EUA apresenta resultados desanimadores, o que também é representativo em relação à Europa:
•20% nunca oram
•25% nunca lêem a Bíblia
•30% nunca vão à igreja
•40% não apóiam a “obra do Senhor” por meio de ofertas
•50% nunca vão à Escola Bíblica Dominical (de todas as faixas etárias)
•60% nunca vão a um culto vespertino
•70% nunca dão dinheiro para missões
•80% nunca freqüentam uma reunião de oração
•90% nunca realizam culto em família [1]
Se a situação já é assim na América marcada pela influência do puritanismo, quanto mais na superficial Europa.
O próprio Senhor Jesus advertiu a respeito da confissão nominal, que carece de conteúdo verdadeiro, ou seja, que não está de acordo com o que vai no coração: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade” (Mt 7.21-23). Com isso, o Senhor esclarece quatro pontos básicos: há duas coisas que não são de forma alguma suficientes para que alguém seja salvo, e outras duas são imprescindíveis para que alguém seja redimido.
Duas coisas insuficientes para a salvação
Nem a simples confissão “Senhor, Senhor” (1) nem as obras em nome de Jesus (2) são suficientes para alcançar a salvação eterna. Em muitas igrejas, denominações e entidades cristãs as orações são meramente formais, os atos de caridade são feitos em nome de Jesus sem que aqueles que os realizam pertençam a Ele ou sejam filhos de Deus. Quantos indivíduos “cristãos” realizam atos cristãos sem pertencerem a Cristo! É assustador que no fim Jesus até mesmo condena as suas ações como sendo iníquas: “Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade”.
Duas coisas imprescindíveis para a salvação
Precisamos fazer a vontade de Deus (1) e precisamos ser conhecidos por Deus (2).
1. Fazer a vontade do Pai celeste não é realizar muitas boas ações, pequenas e grandes, mas ter fé em Jesus Cristo, entregar conscientemente a vida a Ele e obedecer-Lhe na prática.
O judaísmo da época de Jesus tinha “boas ações” para apresentar: muitos eram fanáticos em seguir a lei, lidavam com a Palavra de Deus, expulsavam maus espíritos e faziam milagres. Mas uma coisa eles não queriam: crer em Jesus Cristo e, assim, aceitar a misericórdia que recebemos por meio dEle. Pensavam que chegariam ao céu sem Ele, que Deus reconheceria as suas obras e lhes permitiria entrar. Porém, foi justamente nesse ponto que Jesus tratou de contrariar seus planos. Eles tinham de aprender e aceitar que a vontade de Deus era que reconhecessem sua própria falência espiritual e cressem em Jesus.
Nós enfrentamos o mesmo problema hoje. “Cristãos” nascidos em um ambiente cristão pensam que conseguirão ir para o céu por meio de obras cristãs. Ao lhes dizermos que nada disso serve, que no fim das contas as suas ações são iniqüidades inaceitáveis aos olhos de Deus e que eles continuam perdidos, a grande maioria reage de forma irritada, por pensar que não precisam de Jesus pessoalmente. Quando Jesus foi questionado: “Que faremos para realizar as obras de Deus?”, Ele respondeu: “A obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado” (Jo 6.28-29).
2. Precisamos ser conhecidos por Deus. Haverá pessoas das quais Jesus dirá naquele dia: “Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade”.
Não é suficiente crer em Jesus de forma superficial, reconhecê-lO, acreditar em Sua existência ou aceitá-lO até certo ponto. Não – é preciso que haja um encontro pessoal com Ele.
Posso dizer: “Conheço o presidente do Brasil”. De onde o conheço? De suas aparições na mídia. Mas será que ele me conhece? Claro que não! No entanto, se eu fosse convidado a visitá-lo, teria a oportunidade de ser conhecido por ele.
O Senhor Jesus convida cada ser humano, de forma pessoal, a entregar-se a Ele: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (Mt 11.28). Quem aceita esse convite, quem se achega a Ele com todos os seus pecados, quem O aceita em seu coração e em sua vida e crê em Seu nome (Jo 1.12), esse é conhecido por Ele. Quem fez isso reconheceu o Pai e o Filho de Deus e entrará no céu: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo 17.3).
“Tens nome de que vives...
...e estás morto” (Ap 3.1). Há muitos que se chamam de “cristãos”, mas o são apenas nominalmente. O Senhor Jesus falou de pessoas que imaginariam servir a Deus matando justamente Seus verdadeiros filhos: “Eles vos expulsarão das sinagogas; mas vem a hora em que todo o que vos matar julgará com isso tributar culto a Deus. Isto farão porque não conhecem o Pai, nem a mim” (Jo 16.2-3).
Em muitas igrejas, denominações e entidades cristãs as orações são meramente formais, sem que aqueles que rezam pertençam a Jesus.
Eles reivindicam autoridade teológica, pensam servir a Deus, mas não conhecem nem o Pai nem Jesus Cristo. Isso aconteceu, por exemplo, na época das Cruzadas e da Inquisição. Hoje também existe uma teologia que reivindica toda autoridade para si e rejeita os que se baseiam na Palavra de Deus. Basta lembrar das muitas seitas e do islamismo, que afirmam que Deus não tem um Filho.
Já no século VII antes de Cristo, na época do profeta Jeremias, havia dignitários religiosos meramente nominais. Ouvimos o lamento de Jeremias: “Os sacerdotes não disseram: Onde está o Senhor? E os que tratavam da lei não me conheceram, os pastores prevaricaram contra mim, os profetas profetizaram por Baal e andaram atrás de coisas de nenhum proveito” (Jr 2.8).
Mesmo um cristão meramente nominal pode apostatar da fé. Quem com sua boca confessa ser cristão, mas não pratica o cristianismo no dia-a-dia, precisa aceitar que outros lhe perguntem se não está enganando a si mesmo.
Não é exatamente isso que vemos hoje? Muitos teólogos abandonaram a fé bíblica e correm atrás de convicções que não servem para nada. Eles se abriram para religiões e correntes espirituais que não têm absolutamente nada a ver com Jesus Cristo. Isso também já aconteceu na época em que o povo de Israel peregrinou pelo deserto. Depois de ter louvado a grandeza e a soberania de Deus (Dt 32.3-4), Moisés emendou uma declaração sobre os infiéis: “Procederam corruptamente contra ele, já não são seus filhos, e sim suas manchas; é geração perversa e deformada” (v.5). Portanto, realmente é possível que aqueles que não são Seus filhos se tornem infiéis a Ele.
É dito a respeito dos filhos de Eli: “Eram, porém, os filhos de Eli filhos de Belial e não se importavam com o Senhor... Era, pois, mui grande o pecado destes moços perante o Senhor, porquanto eles desprezavam a oferta do Senhor” (1 Sm 2.12,17). Não reconheceram ao Senhor porque desprezaram o sacrifício. Enquanto uma pessoa (por mais cristã que se considere) desprezar o sacrifício de Jesus pelo pecado, não reconhecerá o Senhor.
Todos os israelitas saíram do Egito, mas da maior parte deles Deus não se agradou, motivo pelo qual tiveram de morrer no deserto (veja 1 Co 10.1-12).
Como exemplo especial de alguém que era crente nominal e que realizava obras, mas que ainda assim estava espiritualmente morto, lembro de Balaão (veja Nm 22-24):
•Ele era um homem a quem Deus se revelava, com quem Deus falava (Nm 22.9).
•No começo ele foi obediente (Nm 22.12-14).
•Ele afirmava conhecer o Senhor e O chamou de “meu Senhor” e “meu Deus” (Nm 22.18).
•Ele adorava o Senhor (Nm 22.31).
•Ele reconhecia a sua culpa (Nm 22.34).
•Ele estava disposto a servir (Nm 22.38).
•Deus colocou Suas próprias palavras na boca de Balaão (Nm 23.5).
•Balaão abençoou Israel três vezes (Nm 23 e 24).
•Ele testemunhou da sinceridade e da fidelidade de Deus (Nm 23.19).
•Ele falou três vezes do Messias como Rei de Israel (Nm 23.21; Nm 24.7,17-19).
•O Espírito Santo veio sobre ele (Nm 24.2).
•Ele testemunhava ser um profeta de Deus (Nm 24.3-4).
•Balaão confirmou a bênção e a maldição de Deus sobre os amigos e inimigos de Abraão (Nm 24.9, Gn 12.3).
•Ele colocou o mandamento de Deus acima de bens materiais (Nm 24.13).
•Ele falou profeticamente a respeito do futuro dos povos, sobre a chegada do Messias e chegou a mencionar o Império Mundial Romano [Quitim] (Nm 24.14-24).
Apesar de tudo isso, a Bíblia chama Balaão de falso profeta, vidente e sedutor (veja Nm 31.16; Js 13.22; Ne 13.1-3; 2 Pe 2.15-16; Jd 11; Ap 2.14-16). Por quê? Porque Balaão fazia concessões e aceitava comprometimentos, e levou o povo de Deus a se misturar com outros povos. Havia uma discrepância entre suas palavras e ações. “Habitando Israel em Sitim, começou o povo a prostituir-se com as filhas dos moabitas. Estas convidaram o povo aos sacrifícios dos seus deuses; e o povo comeu e inclinou-se aos deuses delas. Juntando-se Israel a Baal-Peor, a ira do SENHOR se acendeu contra Israel” (Nm 25.1-3). Balaão havia levado Israel a essa prostituição (Nm 31.16; Ne 13.1-3). Pedro chama Balaão de alguém que “amou o prêmio da injustiça”. Na Epístola de Judas ele é chamado até mesmo de enganador (“erro de Balaão”) e no Apocalipse ele é apresentado como alguém que “armou ciladas”.
A Bíblia diz a respeito das pessoas nos últimos tempos que “os homens perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados” (2 Tm 3.13). Quem tende a prostituir-se espiritualmente ou a comprometer sua fé e suporta, permite e pratica essas coisas sem que sua consciência o acuse, tem motivo para crer que, apesar das aparências, não é um cristão verdadeiro. Com isso não estou me referindo à luta contra o pecado, que qualquer filho de Deus enfrenta. Não, aqui não se trata de “derrotas” na fé e na obediência, mas de lidarmos com o pecado de forma consciente e indiferente, de deliberadamente escolhermos a prática pecaminosa.
Não somos salvos por nossas próprias obras, mas somente pela fé em Jesus Cristo, pela conversão a Ele. Só aqueles que O aceitam, ao Filho de Deus, em seu coração e em sua vida, com fé infantil, poderão realizar obras que testemunhem a veracidade de sua fé. Essa fé precisa estar “enraizada” na Palavra de Deus. Em Sua parábola sobre o semeador, Jesus diz que há pessoas que aceitam a Palavra de Deus com alegria, mas não criam raízes para ela e mais tarde a abandonam (Mt 13.20-21). A raiz liga a planta à terra, da qual ela vive, lhe dá firmeza, extrai alimento e o conduz à planta. A raiz é um símbolo do Espírito Santo, por meio do qual estamos enraizados em Deus. O Espírito Santo nos traz a vida em Deus, à medida que extrai alimento das Escrituras.
Qualquer planta precisa ter raízes para poder absorver água e alimentos. Assim, todo cristão também precisa estar enraizado em Jesus Cristo.
Podemos aceitar a Palavra de Deus de forma superficial, podemos simpatizar com o Senhor, podemos acompanhar os cristãos durante algum tempo, mas depois nos afastar novamente, porque nunca nascemos realmente de novo e por isso nunca tivemos “raízes”.
Jesus disse aos Seus discípulos, àqueles que O seguiam: “Contudo, há descrentes entre vós. Pois Jesus sabia, desde o princípio, quais eram os que não criam e quem o havia de trair” (Jo 6.64). De acordo com Hebreus 6.4-6, há pessoas que foram “iluminadas”, que “provaram o dom celestial”, e que até “se tornaram participantes do Espírito Santo” e ainda assim caíram. Por quê?
•Porque foram iluminadas, mas elas mesmas nunca se tornaram luz. A luz pode se refletir em mim, e então estou iluminado; mas é preciso mais para que eu mesmo seja luz.
•Porque provaram, mas não comeram (aceitaram). Posso sentir o cheiro do pão, provar o seu sabor (assim como o enólogo, que toma um pouco de vinho na boca para testar seu aroma, mas depois o cospe fora). Mas é preciso que aconteça mais: precisamos comer o pão, ingeri-lo. Não basta “provar” Jesus, ou seja, experimentá-lO – precisamos aceitá-lO em nós (Jo 6.53-56,63; Jo 1.12).
•Porque participaram do efeito do Espírito Santo, mas nunca O receberam pessoalmente. Ao ler a Palavra de Deus, ao freqüentar um culto, posso participar do efeito do Espírito Santo. Mas isso não é suficiente. Não – é preciso que haja uma renovação espiritual real.
É possível que pessoas assim imitem o cristianismo durante algum tempo, acompanhem e participem de uma igreja local. Mas um dia elas “cairão” e negarão a Jesus. Então muitos se perguntam espantados: “Como isso é possível?”
Quando o Senhor Jesus falou de comer Sua carne e beber Seu sangue para ganhar a vida eterna (Jo 6.53-59), muitos de Seus discípulos disseram: “Duro é este discurso; quem o pode ouvir?” (v. 60) e se afastaram dEle (v. 66), apesar dEle ter lhe explicado de antemão o que isso significava: “O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida” (v. 63).
Tornar-se cristão apesar de ser “cristão”
Enganam-se a si mesmos os que pensam que todos são cristãos! Muitas vezes, quando questionei pessoas que davam a entender isso, a resposta era: “Meus pais são cristãos”, ou: “Minha família é cristã!” Um conhecido evangelista costumava responder a essas afirmativas: “Se alguém nasce em uma garagem, isso não significa que seja um automóvel! E quando alguém nasce em uma família cristã, ainda falta muito para que se torne cristão!” (extraído de um livro de Wilhelm Busch).
Jesus disse a Pedro: “Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; tu, pois, quando te converteres, fortalece os teus irmãos” (Lc 22.32). Por um lado, o Senhor confirmou a fé de Pedro. Por outro lado, porém, Ele falou da necessidade de sua conversão futura. Pedro poderia ter retrucado: “Senhor, sou judeu, um filho de Abraão. Cumpro os mandamentos, fui circuncidado ao oitavo dia, guardo o sábado, oro três vezes ao dia, celebro a Páscoa e faço os sacrifícios. E já Te sigo há três anos...” Mesmo assim, ele ainda precisava converter-se. Da mesma forma Paulo, o grande defensor da lei, precisou se converter, assim como todos os outros apóstolos e discípulos.
Toda pessoa precisa se converter se quiser ser salva – inclusive os “cristãos”, sejam eles membros da igreja católica romana, protestantes, evangélicos ou de uma família cristã. Não são poucos os que nascem no cristianismo, da mesma forma como os judeus nascem no judaísmo. Mas, não é esse nascimento que dá a salvação, alcançada somente através de um “novo nascimento”: “Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (Jo 3.3). Precisamos nos converter mesmo que tenhamos sido batizados quando pequenos, freqüentado aulas de catecismo ou participado de cultos. Se não nascermos de novo, continuaremos perdidos.
Mais tarde, quando o apóstolo Pedro se converteu e experimentou o novo nascimento, ele escreveu em sua primeira carta: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós outros” (1 Pe 1.3-4).
Quem carrega em si o testemunho do Espírito Santo a respeito de seu novo nascimento (Rm 8.16) deve alegrar-se com essa certeza e agradecer a Jesus Cristo por ela. Mas quem não possui esse testemunho inconfundível do Espírito Santo e ainda assim pensa ser cristão, está sujeito a um grande engano. Mas hoje esses “cristãos”, e qualquer pessoa que queira ser salva, pode alcançar a certeza da salvação, se converter-se de forma muito séria a Jesus Cristo. Então, por que esperar mais? (Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br)
domingo, 8 de agosto de 2010
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Absurdos nas Igrejas parte 4
ASSUNTO: MODISMOS: I) OS DENTES DE OURO- PARTE 2/ CORRIGINDO AS DISTORÇÕES
Texto: Jo 20.30,31
Introdução:
Continuando o assunto: “Dentes de ouro”; iremos refutar algumas distorções feitas pelos adeptos deste modismo, confrontando com o texto sagrado. Estas distorções ferem as regras de hermenêutica bíblica e não podem subsistir diante de uma análise séria dos textos que estarão em pauta.
I) Jo 14.12
O primeiro texto a ser analisado é o encontrado no Evangelho segundo João, capítulo 14, versículo 12. Leia na sua Bíblia todo capítulo 14 antes de analisarmos.
Aqueles que crêem no “milagre dos dentes de ouro”, afirmam que este faz parte das maiores obras citadas no texto em questão. Segundo eles, da forma que interpretam o texto, faríamos coisas mais espetaculares do que os milagres que Jesus fez. Citam o exemplo da sombra de Pedro que, segundo afirmam, curava os enfermos. Afirmam também coisas do tipo: “Se Jesus ressuscitou um morto, podemos ressuscitar dois de uma só vez!”.
Vejamos então:
1)Primeiramente, logo “de cara” quero dizer que não fazemos nada de nós mesmos! O próprio Jesus afirma no mesmo Evangelho segundo João que sem ele nada podemos fazer Jo 15.5. Quem opera todas as obras em nós e através de nós é o Senhor Jesus! Desta forma seria tolice achar que podemos comparar o que fazemos com o que Jesus fez; não podemos separar desta maneira, como se fossem coisas diferentes. Jesus não fez; mas sim, ele faz ainda as mesmas obras através da nossa vida! Hb 13.8
2) Em segundo lugar, quero dizer que se a interpretação, que andam dando ao texto de João 14.12, fosse correta, será que ganhar obturações de ouro seria realmente algo mais maravilhoso do que ver um morto ressuscitar? Pois foi o que Jesus fêz...!
3)Em terceiro lugar quero deixar claro que não podemos confundir os milagres (sinais) com a obra de Jesus. Os milagres faziam parte da obra de Jesus, entretanto, não era esta a obra de Jesus. O Senhor não veio ao mundo para fazer milagres e sim para buscar o que estava perdido! Lc 19.10 Os milagres são uma parte do todo, cujo fim é a salvação dos homens! Todos os milagres traziam um ensino que visava mostrar o desejo de Deus de salvar os homens; por exemplo: A cura do cego de nascença e a ressurreição de Lázaro mostravam que Jesus era o Filho de Deus e que crendo nele, teriam a vida eterna. Jo 20.30,31.Devemos ter em mente sempre qual é a obra de Jesus. Vemos Jesus dizer isto claramente em Jo 6.26-29 ,especialmente no v29; ora, a palavra “OBRA” está relacionada com a vida eterna.Se Deus deseja a salvação dos homens, e esta somente é possível através de Jesus; logo, o Pai deseja revelar o seu Filho, para que, crendo nele, tenhamos a vida eterna. Todo Evangelho segundo João mostra claramente este princípio.
4)A expressão: “Obras maiores que estas” é mencionada anteriormente em Jo 5.20. Observando o contexto do capítulo 5 do Evangelho segundo João, percebemos que o termo “obras maiores” não se refere ao milagre em si, mas a ressurreição de Jesus que provaria quem ele era realmente; basta olhar o contexto posterior (vs 21-25).
Em outras palavras, os religiosos estavam espantados pelos sinais que Jesus fazia, especialmente, no caso citado no contexto, a cura de um paralítico. O espanto maior, entretanto, deveu-se ao fato de Jesus “quebrar o sábado”. Este sinal trazia um importante ensino: Jesus era superior ao sábado, pois ele era Deus! Os fariseus estavam com os olhos fechados e não conseguiam enxergar nos sinais a presença e a vontade de Deus (que cressem no seu Filho), então o Senhor afirma que, quando ele ressuscitasse, eles veriam uma obra maior ainda que revelaria a sua identidade divina e a conclusão da sua obra redentora.Os milagres visavam mostrar quem era Jesus, mas a sua ressurreição, indiscutivelmente, seria a maior prova de sua divindade e, conseqüentemente, da remissão dos nossos pecados.
5) Analisando o versículo 12 de João 14, observamos que: No v 8, Felipe faz uma pergunta que é respondida nos versículos seguintes. Felipe queria conhecer ao Pai, haja vista Jesus ter dito que iria para o Pai (vs1-6) e que ele próprio era o caminho. Jesus, após a sua morte, ressuscitaria e subiria ao Pai, tornando-se ao mesmo tempo o caminho para que todos chegassem a Deus.Jesus afirma que ele e o Pai eram um (v10) e que o Pai é quem realizava as obras através dele. Que obras eram estas? Todo o conjunto que era realizado por Jesus que levava o homem a salvação (o desejo de Deus). Em sua oração sacerdotal em Jo 17.4, o Senhor fala em consumar a obra da redenção através da sua morte.O Senhor afirmou que a sua obra era fazer a vontade do Pai , e a vontade dele era que nenhum se perdesse. O motivo pelo qual faríamos obras maiores está no próprio versículo 12: “Porque Jesus ia para o Pai”; ou seja, iria morrer e ressuscitar, derramando o seu Espírito Santo que habitaria em nosso coração ( Jo 14.16-18,26; 15.26; 16.7-15), a obra redentora estaria feita e nós seríamos instrumentos do Espírito para que esta obra se manifestasse a muitos homens, logo, estas obras seriam maiores, pois Jesus já teria ressuscitado, o Espírito Santo habitaria em nós e muitos ouviriam a mensagem da salvação e aceitariam. A amplitude seria maior, mas Jesus agiria em nossa vida.Resumindo: Não tem nada a ver com milagres mais fabulosos este texto. Se a obra de Deus é a salvação, tudo o que Jesus fez é parte do contexto da salvação, pois ele veio para fazer a vontade do Pai; sua encarnação, ministério, ensino, pregação, milagres, morte, ressurreição, derramar do Espírito Santo na vida do cristão e a pregação do Evangelho para a salvação daquele que crer.Obras maiores porque a subida de Jesus antecederia a descida do Espírito Santo que habitaria em nosso coração e nos capacitaria a levar a mensagem da salvação! Esta mensagem seria acompanhada dos mesmos sinais para mostrar que Jesus é o Filho de Deus e salvador do mundo!
II) Am 4.6
Passaremos agora a analisar o segundo texto:
Basta apenas ler todo o versículo para perceber que se trata de algo ridículo, relacionar este texto com os dentes de ouro. Não tem absolutamente nada a ver!
O texto fala do castigo que veio sobre Israel devido à desobediência.
III) At 13.40,41
Como no anterior, a refutação está apenas em se prestar à atenção ao contexto.
A referida obra predita pelos profetas estava declarada em Hc 1.5-11, ou seja, Judá devastado pela Babilônia! Em outras palavras, Paulo estava querendo dizer que se não aceitassem a Cristo, aquela nação seria novamente destruída! Este fato cumpriu-se no ano de 70dc. Conclusão: Não há base bíblica para os milagres das obturações de ouro. As distorções encontradas nos textos analisados na aula de hoje são exemplos clássicos de erros gritantes de hermenêutica.
Fonte: www.igrejasementedavida.com.br
sexta-feira, 2 de abril de 2010
Absurdos nas Igrejas Parte 3
ASSUNTO: MODISMOS: I) O DENTE DE OURO - PARTE 1
Texto: Fp 3.17-21
Introdução:
Passaremos a estudar agora alguns modismos (manias, modas) que entram assustadoramente dentro de algumas igrejas evangélicas, para isso, antes precisamos aprender algumas definições.
Ortodoxia- Em uma definição bastante simples, podemos dizer que é a doutrina estabelecida como regra.
Ortodoxo- Aquele que anda conforme a doutrina definida. De forma alguma, um cristão ortodoxo será o mesmo que um fariseu. Um crente ortodoxo é aquele que anda conforme toda doutrina determinada na Palavra de Deus.
Moda- Maneira; costume; uso geral; fenômeno social ou cultural que consiste na mudança periódica de estilo, de caráter mais ou menos coercitivo, cuja vitalidade se explica pela necessidade de conquistar ou manter determinada posição social.
As modas são passageiras e de certa forma breves.
De acordo com as definições acima descritas podemos definir os modismos nas igrejas, da seguinte maneira:
Modismo na igreja é tudo aquilo que foge a ortodoxia cristã, sendo meramente um vento de doutrina que vem e logo passa, causando, entretanto, confusão e divisões dentro da igreja. É como uma epidemia e, portanto, estes modismos devem ser contidos.
É importante o cristão não se envolver com modismos e permanecer firme na sã doutrina(Gl 1.6-9; 3.3; Ef 4.14; Hb 13.9).
O Brasil, por estar mergulhado no misticismo, possui um terreno fértil para todo tipo de prática sobrenatural ocultista e sensacionalista; o triste é que muitos crentes querem trazer estas práticas para dentro das igrejas.
Normalmente as igrejas mais atingidas são as neopentecostais, por não possuírem boa base de ensino bíblico. Alguns pastores que até eram sérios, por medo de perderem membros em suas igrejas, abraçam estas práticas.
Agora que você conhece o que é modismo, passaremos a estudar alguns deles, começando na aula de hoje pelo assunto: “Dente de ouro”.
I) O início do fenômeno dos dentes de ouro ou “culto do garimpo”.
Este fenômeno é tipicamente brasileiro, ou seja, não nasceu em outro país; pelo menos que se tenha notícias.
Muitos pensam que os supostos dentes de ouro começaram a aparecer dentro das igrejas, o que é um engano.
O primeiro caso registrado (segundo o relatado nos livros: Evangélicos em crise, do pastor Paulo Romeiro, editora mundo cristão e; O Evangelho da nova era, do pastor Ricardo Gondim, editora Abba press) foi em um centro de macumba. Em 1º de dezembro de 1992, o jornal Diário da manhã, de Goiânia, publicou uma carta do pai-de-santo Firmino Salles de Lima, dirigida à redação do jornal, na qual ele relata que o fenômeno dos dentes de ouro apareceu primeiro na vida da mãe-de-santo Guilhermina de Moraes da Rocha, em Salvador, Bahia, em 1985. Outros adeptos alegam ter recebido depois a mesma “graça”.
Quando a moda dos dentes de ouro chegou às igrejas, o fato já havia ocorrido nos terreiros primeiramente. Não é de se estranhar?
II) A confusão
Quando o modismo chegou nas igrejas evangélicas; rapidamente se alastrou, pois infelizmente os crentes, não poucas vezes, gostam de andar guiado pelas novidades e modas; como acontece no mundo, quando um novo estilo é lançado.
Estes crentes abandonam a ortodoxia e muitos, independente do aviso dos seus pastores, são levados pela nova onda.
Muitos iam para as igrejas (inclusive pastores) portando espelhos e lanternas para ver o ouro (daí o nome: Culto do garimpo).
O fenômeno causou muita confusão e transtorno; afinal de contas era de Deus, do Diabo ou da carne?
III) Desmascarando o falso milagre
1º) Logo de início vejamos:
a- Primeiramente, somente pelo fato de um fenômeno igual ter começado no terreiro, já seria para ficar atento.
b- Em segundo lugar, Deus não é Deus de confusão! I Co 14.33
c- Em terceiro lugar faço a seguinte pergunta: Se você tivesse um amigo paralítico e ele andasse com apoio de muletas, você diria para que ele fosse à igreja que Jesus iria dar um par de muletas de ouro para ele? Você diria para uma pessoa que tivesse um olho de vidro que Jesus iria dar um olho de ouro para ele?
Deus não é Deus que faz as coisas pela metade!
Creio que o Senhor tem poder para fazer qualquer coisa, creio que ele poderia dar não apenas dentes de ouro, mas um coração todo de ouro, entretanto, todo milagre tem um propósito. No caso citado, nem ao menos são dentes de ouro e sim obturações de ouro, é como dar muletas de ouro para o paralítico ao invés das suas pernas ou coluna serem curadas!
A questão não é se Deus pode dar obturações de ouro ou não, mais a questão é para que Deus daria obturações de ouro a alguém? Mostrar o seu poder? Não seria isto um argumento superficial? Por que as obturações de ouro surgem justamente entre aqueles que acreditam em doutrinas como a da prosperidade?
Irmãos, não se trata de incredulidade e sim de ver claramente fatos que fogem do padrão bíblico ensinado por Cristo.
Os milagres visam glorificar a Deus e não são feitos para nos satisfazer ou testarmos o poder de Deus; isto é pecado! Mt 4.5-7; 12.39.
Os milagres do novo testamento revelavam o amor de Deus pelo homem e sempre ensinavam algo a respeito deste amor.
2º)O dentista evangélico Osiel Cocareli num artigo publicado na revista Ultimato afirma que, juntamente com outros colegas de profissão, examinaram vários casos e constataram que em quase todos NÃO HOUVE MILAGRE. Apenas dentre aqueles nos quais o contato com os seus dentistas particulares não pôde ser efetuado, os casos ficaram a esclarecer (não que tenha sido constatado milagre, mais sim, que não puderam ser verificados).
A mesma revista relata que durante um culto no qual 3 pessoas afirmaram ter recebido dentes de ouro, nenhum caso foi comprovado.
O trabalho de pesquisa da revista de julho de 93, pg 29, traz o seguinte resultado:
90% eram restaurações ou incrustações já preexistentes; 75%das incrustações eram de duracast (uma liga de cobre e alumínio que assume o aspecto semelhante ao ouro em coloração e brilho, no entanto, sem o valor do mesmo) e 25% eram restaurações em ouro antigas.
3º)O milagre não deve tornar aquele que orou alguém importante e não deve visar um status terrestre para aquele que o recebeu, como, por exemplo, quem tem mais dentes de ouro na boca é mais abençoado.
O exaltado sempre deverá ser o Senhor!
4º)O Inimigo também realiza falsos milagres. Leia o livro de Jó e comprovarás.
5º) Alguns falsos testemunhos que são puras fantasias, começaram a ser espalhados, tanto por parte dos adeptos, quanto por parte dos que não aceitavam tais coisas, estes, sem base bíblica, não tendo conhecimento da verdade, inventavam outras histórias para contestar os fatos, o que causava muito mais confusão.
Exemplos de falsos testemunhos:
A favor: Pessoas contam que um determinado irmão (interessante que nunca viram este irmão, ninguém sabe o seu nome, nem mesmo o endereço, telefone, de que denominação faz parte ou o lugar que congrega) foi ao dentista (ninguém sabe qual dentista, o local do consultório, seu endereço ou telefone) após receber uma obturação de ouro e o dentista, depois de examinar o referido irmão, ficou extremamente espantado. Ao ser indagado pelo irmão sobre o porquê do espanto, o dentista disse que nunca viu um ouro igual aquele na terra (será que ele era ourives também?) e que estava incrustado no ouro a imagem de uma pomba que simboliza o Espírito Santo (como se o Espírito houvesse “assinado em baixo” da obra de arte).
Segunda historinha: Certo crente, ao receber as obturações de ouro, resolveu vende-las e ao retira-las, se transformaram em pó!
Contra: Contam a mesma história, cercada de fantasias, sem as mesmas informações com relação aos participantes, entretanto, desta feita, o que o dentista viu na obturação, foi o número 666.
Estes testemunhos, como muitos outros, possuem um ar de medievalismo, parecem as histórias mentirosas contadas pela igreja Católica ou pelas benzedeiras e contadores de fábulas da roça.
Conclusão: Aprendemos na aula de hoje o que é modismo e que é importante o crente estar firmado na Palavra de Deus.
Vimos que o fenômeno dos dentes de ouro é na verdade, um tanto esquisito, e foge do propósito dos milagres encontrados na Palavra de Deus.
Na próxima postagem continuaremos este assunto refutando os seus argumentos a luz da Bíblia.
Fonte: http://www.igrejasementedavida.com.br Deus abençôe a todos e que esta matéria traga edificações aos meus leitores.
terça-feira, 23 de março de 2010
Dente de Ouro
Aguardem nova postagem. Você acredita que Deus implanta dentes de ouro em alguém? Em breve! Aos que acessam o meu Blog, peço que click em baixo do lado direito em "Seguir", assim você estará seguindo a este Blog e irá desfrutar de estudos, curiosidades bíblicas, entre outros assuntos da Bíblia. Agurdem novidades.
segunda-feira, 15 de março de 2010
O que é ser humilde?
Mateus 11.29 está escrito: Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.
Tomar o jugo significa subjugar-se. Muitos não se submetem a regras, leis,autoridades e superiores. Jesus deu o maior exemplo lavando os pés de seus discípulos. Ora, o que vemos hoje na igreja é bem diferente: O pastor não lava os pés do evangelista; O evangelista não lava os pés do presbítero; O presbítero não lava os pés do diácono, enfim, ninguém quer ser submisso. Se demonstra uma humildade, esta é aparente não é a verdadeira humildade que o Mestre expressou: "humilde e manso de coração". A humildade deve ser do fundo da alma! Outra lição que aprendemos é sobre a mansidão de Jesus. Muitos acham que ser valente e destemido é falar o que quer,( não ter medo de falar ). Até Alegam que a verdade deve ser dita doa em quem doer. Na Bíblia vemos exemplo de mártires como Estêvão At 7ss e Tiago At 12.1 que foram mortos por pregar apalavra de Deus. Muitos citam este episódio insinuando que devemos abrir as nossas bocas e falar-mos tudo ainda que nos custe a vida. Mas a verdade é que, A Bíblia apenas relata o fato que aconteceu e não entra em detalhes do porquê.Vejamos: Tiago e João foram chamados por Jesus de Boanerges ( filhos do trovão Mc 3.17 ).A expressão: "filhos do trovão" diz respeito a uma pessoa que fala demais; Fala o que não deve. A prova disso encontramos em Lc 9. 53,54 quando Jesus e seus discípulos foram rejeitados pelos samaritanos daí Tiago e João disseram a Jesus: Queres que mandamos descer fogo do céu para os consumir? Vemos aqui atitude de quem não sabe falar, e quando fala diz o que não convém I Co 4.6. Daí vemos porque alguns foram mortos. Deus não responsabiliza-se pelo aquilo que ele não mandou falar. O próprio Jesus evitou falar algumas vezes Jo 19.9. E porque não citar-mos o caso de Pedro que após ter negado a Jesus três vezes o mestre poderia abrir a boca e dizer tudo o que quisesse contra Pedro? Ao invés disto, Jesus falou a Pedro: Pedro, tu me amas? ( Jo 21.15-17 ). Nossa missão é mostrar ao mundo a necessidade de um Salvador, e dar provas da eficácia do Sangue de Jesus. Jamais entrarmos em campo alheio. I Co 10.16;Rm 15.20,21; Tem muitos obreiros hoje comprometidos não com a palavra de Deus e sim, com a justiça por falar de "A" e de "B". O Senhor nos chamou
para ser-mos suas testemunhas.Aleluia!
quarta-feira, 10 de março de 2010
Cuidado com a música que estás ouvindo
'Poeira' Da Ivete Sangalo necessita de atenção?
Cuidado! Olha o que você está cantando
ATENÇÃO!!! Musica Poeira-de Ivete Sangalo
Um alerta pra você!
Deixo claro que isso não é fanatismo, pelo contrário,
é a pura realidade.
Conversando com uma pessoa há poucos dias, estávamos
falando sobre música.
Essa pessoa mencionou um detalhe de uma música que
está sendo bastante tocada ultimamente, não só nas rádios como também na TV e até nas ruas.
Pessoalmente eu conhecia o refrão, mas não havia prestado
atenção no restante, exatamente por isso, achei que seria interessante
passar este alerta, caso ainda não o tenham notado e também para que possam alertar alguém que porventura esteja cantando esta música, em especial alguns jovens.
Trata-se da música:
Poeira - Ivete Sangalo.
A letra diz em parte:
'A minha sorte Grande; Foi você cair do céu;
Minha paixão verdadeira...;
É lindo teu sorriso, o brilho dos teus olhos; Meu anjo querubim;
Chegou no meu espaço mandando no pedaço;
Um amor que não é brincadeira;
Pegou me deu um laço Danço bem no compasso, de prazer; Levantou poeira';
Vamos aos detalhes:
'...Foi você cair do céu';
Quem foi que caiu do céu?
Apocalipse capitulo 12 versículo 9 diz:
'Foi lançado para baixo o Grande dragão, a serpente original, o chamado Diabo e Satanás, que está desencaminhando a toda a terra habitada; ele foi lançado
Para baixo, na terra';
'... É lindo teu sorriso, o brilho dos teus olhos... '
Olha o que Ezequiel capitulo 28 versículo 17 diz a respeito de Satanás: 'Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei; diante dos Reis te pus,para que te contemplem' .
?... Meu anjo querubim.. ';
Isto confirma que está se referindo a um anjo e confirma que é Satanás, pois ao descrever a Satanás, Ezequiel capitulo 28 versículo 14 diz: 'Tu eras Querubim ungido para proteger, e te estabeleci, no Monte Santo de Deus estavas; no meio das pedras andavas.
?... Chegou no meu espaço; Mandando no pedaço...'
Quem será que quis adoração só pra si, querendo mandar em Deus, a quem os anjos e humanos deviam servir
?...Pegou me deu um laço... '
Quem é descrito em primeiro a Pedro capitulo 5 versículo 8 diz:'...Como leão que ruge procurando a quem devorar ou a quem enlaçar?;
Absurdos nas Igrejas ( parte 2 )
A unção que derruba
Cair no espírito é
Introdução
Em 1923, o missionário sueco Gunnar Vingren, um dos fundadores da Assembléia de Deus no Brasil, fora informado de que um certo movimento pentecostal começava a alastrar-se por Santa Catarina. Sem perda de tempo, Vingren deixou Belém do Pará, berço do pentecostalismo brasileiro, e embarcou para o Sul. No endereço indicado, veio ele a constatar: “Não se tratava de pentecostes, mas de feitiçaria e baixo espiritismo”.
Embora fervoroso pentecostal, Gunnar Vingren não se deixou embair pelo emocionalismo nem pelas aparências. Ele sabia que nem tudo o que é místico, é espiritual; pode brilhar, mas não é avivamento. O misticismo manifesta-se também em rebeldias e mentiras. Haja vista as seitas proféticas e messiânicas.
Teve o nosso pioneiro, como precavido condutor de ovelhas, suficiente discernimento para não aceitar aquele arremedo de pentecostes. Fosse um desses teólogos que colocam a experiência acima da Bíblia Sagrada, o pentecostalismo autêntico jamais teria saído do nascedouro.
Entre as manifestações presenciadas por Gunnar Vingren, achava-se o “cair no poder” que, já naquela época, era conhecido também como “arrebatamento de espírito”. À primeira vista, impressionava; fazia espécie. Não resistia, contudo, ao mínimo confronto com as Escrituras. E nada tinha a ver com as experiências semelhantes que se acham nas páginas da Bíblia.
Irreverente e apócrifo, esse misticismo não se limitou à geração de Vingren. Continua a assaltar a Igreja de Cristo com demonstrações cada vez mais peregrinas e contraditórias. O seu alvo? Levar a confusão ao povo de Deus. No combate a tais coisas, haveremos de ser enérgicos, sábios e convincentes. Mas sempre equilibrados. Através da Bíblia, temos a obrigação de mostrar a pureza e a essência de nossa crença, e a “batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos” (Jd 3).
Neste artigo, detenhamo-nos no fenômeno do “cair no Espírito”. Até que ponto há de ser aceito? Como lhe aferir a legitimidade? É realmente indispensável ao crescimento da vida cristã? Vejamos, a seguir, como esse movimento ganhou notoriedade em nossos dias.
I - O Que é o “Cair no Espírito”?
Embora não seja alguma novidade, o “cair no Espírito”, como vem sendo caracterizado, começou a ganhar notoriedade a partir de 1994. Neste ano, a Igreja Comunhão da Videira do Aeroporto de Toronto, no Canadá, passou a ser visitada por milhares de crentes - todos à procura de uma bênção especial. Ao contrário das demais igrejas pentecostais, que buscam preservar a ortodoxia doutrinária, a Igreja do Aeroporto, como hoje é conhecida, granjeou surpreendente notoriedade em virtude das manifestações que ocorriam em seus cultos.
Dizendo-se cheios do Espírito, os freqüentadores dessa igreja começaram a manifestar-se de maneira estranha e até exótica. Em dado momento, todos punham-se a rir de maneira incontrolável; alguns chegavam a rolar pelo chão. Justificando essa bizarria, alegavam tratar-se de santa gargalhada. Ou gargalhada santa? Outros iam mais longe: não se limitavam ao estrepitoso dos risos; saíam urrando como se fossem leões; balindo, como carneiros; ou gritando, como guerreiros. E ainda outros “caíam no Espírito”.
À primeira vista, tais manifestações impressionam.
Impressionam apesar de não contarem com o necessário respaldo bíblico. Entretanto, não podemos nos deixar arrastar pelas aparências nem pelo exotismo desses “fenômenos”. Temos de posicionar-nos segundo a Bíblia que, não obstante os modismos e ondas, continua a ser a nossa única regra de fé e conduta.
II - O Cair no Espírito na Bíblia
Nas Sagradas Escrituras, o cair no Espírito não chega a ser um fenômeno; é mais uma reação reverente diante do sobrenatural. Registra-se apenas, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, 11 casos de pessoas que caíram prostradas, com o rosto em terra, em sinal de adoração a Deus. E tais casos não se constituem num histórico; são episódicos isolados. Não têm foro de doutrina, nem argumentos para se alicerçar um costume, nem para se reivindicar uma liturgia; não podem sacramentar alguma prática. Afinal, reação é reação; apesar de semelhantes, diferem entre si. Como hão de fundamentar dogmas de fé?
Verifiquemos, pois, em que circunstâncias deram-se os diversos casos de cair por terra nos relatos bíblicos.
1. A força de uma visão nitidamente celestial
As visões, na Bíblia, tinham uma força impressionante. Agitavam, enfraqueciam e até deitavam por terra homens santos de Deus. Que o diga Daniel. Já encerrando o seu livro, o profeta registra esta formidável experiência: “Fiquei, pois, eu só e vi esta grande visão, e não ficou força em mim; e transmudou-se em mim a minha formosura em desmaio, e não retive força alguma. Contudo, ouvi a voz das suas palavras; e ouvindo a voz das suas palavras, eu caí com o meu rosto em terra, profundamente adormecido” (Dn 10.8,9).
Em sua primeira visão, Ezequiel também se assusta com o que vê. Ele se apavora: “Este era o aspecto da semelhança da glória do Senhor; e, vendo isso, caí sobre o meu rosto” (Ez 1.28). Sem liturgia, ou intervenção humana, o profeta prostra-se todo. E quem não haveria de se prosternar? Mesmo o mais forte dos homens, não se agüentaria diante de tamanho poder e glória. Recurvar-se-ia; lançar-se-ia com o rosto em terra.
Mais tarde, encontraremos Ezequiel noutro caso de prostração: “E levantei-me e saí ao vale, e eis que a glória do Senhor estava ali, como a glória que vira junto ao rio Quebar; e caí sobre o meu rosto” (Ez 3.23). Quem não cairia ante as singularidades da glória de Deus? Quem a resistiria?
Já no final de seus arcanos, Ezequiel vê-se constrangido a comportar-se de igual maneira: “E o aspecto da visão que vi era como o da visão que eu tinha visto quando vim destruir a cidade; e eram as visões como a que vira junto ao rio Quebar; e caí sobre o meu rosto” (Ez 43.3).
Nesses casos, as visões divinas foram tão fortes que levaram tanto Ezequiel como Daniel a caírem por terra. Noutras ocasiões, porém, a ocorrência de visões, igualmente poderosas, não provocou alguma prostração. Haja vista o caso de Isaías. Embora se mostrasse aterrorizado e compungido com a visão do trono divino, não se menciona ter o profeta caído por terra. Isto significa que as experiências, embora semelhantes, possuem suas particularidades e idiossincrasias. Isto é: cada experiência, ou encontro com Deus, é única. Seria tolice pretender repeti-las para que a sua repetição adquirisse foros de doutrina.
2. O impacto de um encontro com Deus
Além das visões, certos encontros com Deus, tanto no Antigo como no Novo Testamento, levaram à prostração. Mencione-se, por exemplo, o que aconteceu a Saulo no caminho de Damasco. O encontro com Jesus foi tão formidável, que forçou o implacável perseguidor a cair por terra, e a reconhecer a autoridade e a soberania do Filho de Deus: “E caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?” (At 9.4).
Como nos casos anteriores, nada havia sido programado. Saulo foi levado a recurvar-se em virtude da sublimidade do Senhor Jesus. Noutras ocasiões, porém, os encontros com Deus deram-se de maneira suave. A entrevista de Natanael com Jesus é um exemplo bastante típico dessa suavidade tão santa. O que também dizer do encontro de Gideão com o anjo do Senhor? Ou do encontro de Jeremias com Jeová? Este encontro veio na medida certa; veio de acordo com o caráter suave e melancólico do profeta. Mas tivesse Jeremias o temperamento colérico de Paulo, certamente o Senhor teria agido com impacto para que o vaso fosse quebrado e moldado conforme a sua vontade. Como se vê, as experiências variam de acordo com as circunstâncias e a personalidade das pessoas envolvidas no plano de Deus.
3. Diante da autoridade de Cristo
A autoridade do nome de Cristo é mais que suficiente para fazer com que todos os joelhos dobrem-se diante de si. Aliás, chegará o momento em que todos os seres, quer nos céus, quer na terra, quer sob a terra, hão de se curvar diante da infinita grandeza do nome do Senhor Jesus: “Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai” (Fp 2.9,10).
Na noite de sua paixão, o Senhor demonstrou quão grande era a sua autoridade: “Quando, pois, (Jesus) lhes disse: Sou eu, recuaram e caíram por terra” (Jo 18.6). Ao contrário dos casos anteriores, nessa passagem quem cai por terra são os ímpios. Recurvam-se estes não em sinal de reverência a Deus, mas em razão da autoridade e soberania irresistíveis de Cristo.
Caso semelhante ocorreu com Ananias e Safira. Ambos caíram por terra em decorrência de sua iniqüidade: “Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus. E Ananias, ouvindo estas palavras caiu e expirou. E um grande temor veio sobre todos os que isto ouviram” (At 5.3-5).
Casos como esses não são raros. Em nossos dias, muitos são os ímpios que, por se levantarem contra os escolhidos do Senhor, caem por terra e, às vezes, fulminados.
Noutras ocasiões, porém, o Senhor revelou-se de maneira tão suave, que se faz homem diante dos homens. Que encontro mais doce do que aquele que se deu junto ao poço de Jacó? O Senhor revela-se de maneira surpreendentemente afável à mulher samaritana. E a experiência de Nicodemos? Ou a de Zaqueu?
III - Como os Legítimos Representantes de Deus Portaram-se Quando Alguém Caía por Terra?
Ao contrário dos que hoje portam-se como deuses diante de virtuais casos de prostração, os apóstolos de Cristo jamais aceitaram tal deferência. Em todas as instâncias, procuravam sempre glorificar ao nome do Senhor. Em casos semelhantes, até os mesmos anjos agiram com reconhecida e santa modéstia.
Tendo Pedro chegado à casa de Cornélio, a primeira reação deste foi cair de joelhos diante do apóstolo. “Mas Pedro o levantou, dizendo: Levanta-te, que também sou homem” (At 10.25,26). O que fariam os astros do evangelismo dos dias atuais? Humilhar-se-iam como o apóstolo? Ou usariam o evento para incrementar o seu marketing pessoal?
Mesmo um poderoso anjo não se aproveitou da ocasião para atrair a si as glórias devidas somente a Deus. O relato é de João: “Prostrei-me aos seus pés para o adorar. E disse-me: Olha, não faças tal, porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus” (Ap 22.8,9).
O anjo bem sabia que o apóstolo prostrara-se aos seus pés por uma circunstância bastante especifica: não há ser humano que não se extasie diante do sobrenatural. A aparição de um ente celestial sempre perturbou os pobres mortais. Nos dias dos juízes, acreditava-se que a visão de um anjo significava morte certa. Por isso, a primeira reação de uma pessoa ao ver um anjo era curvar-se diante do ser angelical. Quem poderia resistir a tanta glória?
Os anjos, porém, recusavam tal deferência. Houve ocasiões em que o anjo do Senhor aceitou elevadas honrarias. Como conciliar tais questões? No Antigo Testamento, sempre que isso ocorria, era devido a presença de um ser especial, que alguns teólogos não vacilam em apontar como a pré-encarnação de Cristo. De uma forma ou de outra, os anjos eram santos o suficiente para agirem com modéstia e humildade, tributando a Deus todo poder e toda a glória.
Que esta também seja a nossa postura! Quando, por alguma circunstância, alguém cair a nossos pés, levantemo-lo para que tribute a Deus, e somente a Deus, toda a honra e toda a glória. E jamais, sob hipótese alguma, induzamos alguém a prostrar-se com o rosto em terra, pois isto contraria a ética e a postura que o homem de Deus deve ter.
IV - Nas Efusões do Espírito Santo de Atos dos Apóstolos Houve Casos de Prostração?
Na ânsia por justificar o cair por terra que, como já dissemos tem de ser visto como episódio e não como histórico, muitos teólogos chegam a colocar tal reação como se fora uma das evidências da plenitude do Espírito Santo. Que pode haver prostração quando da efusão do Espírito, não o negamos. Pode haver, mas não tem de haver necessariamente, nem precisa haver para que se configure o derramamento do Espírito Santo. A prostração não pode ser vista como evidência, mas como uma reação ocasional e esporádica.
Nos diversos casos de efusão do Espírito Santo, nos Atos dos Apóstolos, não se observou algum caso de prostração. No dia de Pentecoste, segundo no-lo notifica o minucioso e detalhista Lucas, estavam todos assentados no cenáculo (At 2.2). Na casa de Cornélio, onde o Espírito foi derramado pela primeira vez sobre os gentios, também não se observou o cair por terra (At 10.44-47). Entre os discípulos de Éfeso também não se registrou alguma prostração (At 19.6).
Em todos esses casos, porém, a evidência inicial e física do batismo no Espírito Santo fez-se presente. Conclui-se, pois, que não se deve confundir evidência com reação. A evidência é a mesma em todos os que recebem a plenitude do Espírito Santo. A reação, todavia, varia de pessoa para pessoa.
Mesmo quando o lugar santo tremeu, não se observou caso algum de prostração (At 4.31). Poderia ter havido? Sim! Mas não necessariamente.
Conclusões
Daquilo que até agora vimos acerca do “cair no Espírito”, podemos tirar as seguintes conclusões, tendo sempre como base as Sagradas Escrituras:
1. Não se pode realçar a experiência, nem guindá-la a uma posição superior à da Palavra de Deus. A experiência é importante, mas varia de pessoa para pessoa; cada experiência é uma experiência; tem suas particularidades. A experiência tem de estar submissa à doutrina, e não há de modificar, por mais extraordinária que seja, nenhum artigo de fé.
2. O cair por terra não pode ser visto nem como evidência da plenitude do Espírito Santo, nem como sinal de uma vida consagrada. A evidência do batismo no Espírito Santo são as línguas estranhas; e a vida consagrada tem como característica o fruto do Espírito. O cair por terra pode ser admitido, no máximo, como reação esporádica de alguma visitação dos céus. Se provocado, ou repetido, deixa de ser reação para tornar-se liturgia.
3. Caso ocorra alguma prostração, deve-se fazer as seguintes perguntas: 1) Qual a sua procedência? 2) Teve como objetivo promover o homem ou glorificar a Deus? 3) Foi usada para catalisar a atenção dos presentes? 4) Foi provocada por sopros, toques ou por algum objeto lançado no auditório? 5) Houve sugestão coletiva? 6) Prejudicou a boa ordem e a decência da igreja? 7) Conta com o respaldo bíblico suficiente? 8) Tornou-se o centro do culto?
4. Devemos estar sempre atentos, pois o adversário também opera sinais espetaculares com o objetivo de enganar os escolhidos: “Surgirão falsos cristos e falsos profetas e farão tão grandes sinais e prodígios, que, se possível fora, enganariam até os escolhidos” (Mt 24.24).
5. Nos diversos exemplos de prostração que fomos buscar na Bíblia, observamos o seguinte: Os personagens que se prostraram, ou foram prostrados, em virtude de alguma experiência sobrenatural, caíram para frente, e não para trás, como está ocorrendo hoje em algumas igrejas. Não era algo programado, nem ministro algum induzira-os a cair. Ou seja: ninguém precisou soprar neles ou neles tocar para que caíssem. Tais modismos têm levado a irreverência e a bizarria ao seio do povo de Deus. Há alguns que se tornaram tão ousados que jogam até os seus paletós a fim de provocar prostrações coletivas. Isto é um absurdo! É antibíblico!
6. Os casos de prostração narrados na Bíblia deram-se em virtude da reverência e temor que os já citados personagens sentiram ao presenciar a glória divina. No Novo Testamento, o termo usado para prostração é pesotes prosekinsan que, no original, significa: cair por terra em sinal de devoção. Em Apocalipse 5.14, a expressão grega aparece para mostrar os anciãos prostrados aos pés do Cristo glorificado.
7. Voltemos à questão. Pode acontecer prostração numa reunião evangélica? Pode! Mas não tem de acontecer necessariamente; pode, mas não precisa acontecer, nem ser provocada. Caso aconteça, deve ser encarada como reação e não como fato doutrinário. John e Charles Wesley, por exemplo, experimentaram um poderoso avivamento, mas jamais elevaram suas experiências à categoria de doutrina. As heresias nascem quando se supervaloriza a experiência em detrimento da doutrina. Não podemos nos esquecer de que algumas das mais notáveis heresias deste século, como a Igreja Só Jesus, nasceu em pleno período de avivamento.
8. De uma certa forma, todo avivamento provoca extremismos. Cabe-nos, porém, buscar o equilíbrio tão necessário à Igreja de Cristo. Era o que ocorria em Corinto. Não resta dúvida de que os irmãos daquela comunidade cristã haviam recebido uma forte visitação dos céus. Todavia, tiveram de ser doutrinados e disciplinados. A esses irmãos, escreveu Paulo: “E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas. Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos” (1 Co 14.32,33).
Finalmente, jamais devemos abandonar a Bíblia. Ênfases, como o cair no Espírito, hão de surgir sempre. Não devemos nos impressionar com elas; tratemo-las com o devido equilíbrio. Pois o equilíbrio bíblico e teológico há de manter a igreja de Cristo em permanente avivamento. E o verdadeiro avivamento não extingue o Espírito, mas sabe como evitar os excessos.
Absurdos nas Igrejas ( parte 1 )
A UNÇÃO QUE DERRUBA – Atos 10: 38
Hoje é comum nas igrejas o crente cair, e segundo a maioria dos pastores e lideres o crente está caindo na unção. Porque a glória de Deus na igreja e a unção que está nos pastores e obreiros é muito grande, eu já ouvi falar de uma irmã que foi arremessada a mais ou menos uns três metros de distância, e quando ela se levantou disse ter tido uma visão do céu, eu realmente não consigo compreender isto. Como o Espírito Santo que está aqui para continuar a obra de Jesus e ensinar o homem a ser manso, humilde, carinhoso, misericordioso e amoroso(Jô. 14: 15-26; Mt. 11: 25-30; Ef. 5: 1 e 2)possa arremessar o crente para falar com ele, ou mostrar algo para ele, Deus fala de várias maneiras assim diz a Bíblia. Jô 33: 14-30; I rs. 9: 1-13, mas a Bíblia não fala que Deus derruba ou arremessa o crente para falar com ele, ou para lhe mostrar algo. Quando Deus quer falar com o homem ou lhe mostrar algo, Deus manda com que ele fique de pé. Dn. 10: 4-11; Ez. 2: 1 e 2; Atos 26: 13-16.
Já ouvi falar de igreja inteira, que não houve culto por que alguém orou e o povo caiu na gargalhada por nada mais e nada menos que duas horas inteiras, segundo eles o irmão tinha a unção do riso. Talvez este povo acreditou que em vez de preferir um culto racional I Co. 14: 26-37, com cânticos e louvores de adoração, Palavra e oração e pessoas arrependidas aceitando a Jesus, preferiram neste dia ver o povo por duas horas gargalhando, já ouvi falar que a unção do riso é Bíblica, que Jesus tinha a unção do riso Hb. 1: 1-9. A unção que Jesus passa para a nossa vida é a alegria do perdão, da cura, da libertação, do milagre,da salvação e da vida eterna. Atos 8: 7 e 8. Em fim somos alegres pelo amor de Deus derramado em nossas vidas. Já ouvi caso de que alguém orou e os crentes caíram num profundo sono, segundo eles Este irmão tinha a unção do profundo sono, e eles dizem que é Bíblico Gn. 2: 18 -21. Outro absurdo, pois o homem dormindo não escuta a Palavra, não faz a vontade de Deus e não faz a obra Ef. 5: 14; m. 13: 11 e 12, outros sopram o cai e dizem que quando cai recebem o Espírito Santo e dizem que isto é Bíblico Jô. 20: 19-23, aqui não diz que eles caíram (segundo meu entendimento) aqui é uma profecia de Jesus que se cumpriria alguns dias mais tarde Jô. 16: 7; Atos 1: 1-9; Atos 2: 1-4. No acontecimento do Pentecoste a Bíblia não diz que alguém caiu, eles estavam orando Atos 1: 14, e o Espírito Santo colocou-os em pé para fazerem a obra Atos 2: 14; Ez. 37: 1-10, aqui começou a igreja. Já vi pessoas derrubar o crente com o paletó, chamada a unção do paletó que derruba, dizem que é Bíblico II Rs. 2: 1-22, Eliseu recebeu a capa de Elias, e não saiu derrubando ninguém e nem foi derrubado quando pegou a capa, e lembramos que a unção não estava na capa, mas sim em Eliseu, e a unção que estava em Eliseu era para levantar e não para derrubar. II rs. 13: 14-21.
Diante da glória de Deus o crente cai com o rosto no pó para adorar e não para dormir, rir ou desmaiar. Sl. 95: 1-7; Dn. 10: 4-11; Atos 26: 13-16. Muitos pastores e pregadores acham que a glória de Deus que está sobre eles é maior que a glória que estava sobre Moisés, pois eles dizem que têm tanta unção que o crente chega perto deles e já cai. A unção que estava sobre Moisés não derrubou ninguém. Ex. 34: 29-31; Nm. 12: 1-8.
A manifestação da Glória de Deus na igreja, nos pastores e no crente tem como objetivo trazer a luz e não derrubar Sl. 34: 5; Jõ. 8: 12; Atos 9: 1-4; Atos 13: 46 e 47.
Também já vi uma irmã na igreja, que em todos os cultos ela caia e ficava dormindo, desmaiada ou apagada como preferirem, eu perguntei para o pastor, ele disse que era unção, ela caia na unção. Um dia no culto no momento do louvor, manifestou um demônio terrível nesta irmã, deu um trabalho daqueles para expulsar o demônio. Aquilo que o pastor achava que era unção, poder na verdade era demônio oculto. II Co. 6: 14-16.Segundo o meu entendimento há vários motivos para uma pessoa cair na igreja. A pessoa pode cair de medo, cansaço, cair de franqueza, cair por causa de problemas emocionais, por motivo de saúde, e motivos físicos ou por estar endemoniado. Arrebatamento em Espírito existe e é Bíblico Ap. 1: 9 e 10, Deus pode arrebatar alguém dormindo, orando, ou na igreja, na rua, ou em qualquer lugar, mas isto é pessoal II Co. 12: 1-4, e não serve como base doutrinária.Se alguém diz ter o dom de impor a mão e a pessoa cair e ser arrebatada em Espírito, este dom de arrebatamento não existe e deve ser rejeitado, pois isto não testifica com a Palavra de Deus.Gl. 1: 6-8, e também o cair na unção não há respaldo Bíblico.
A Bíblia fala de unção, no Velho Testamento - De REI: I Sm. 10: 1; I Sm. 16: 1- 13. Veja em I Samuel o que a unção faz na vida de um homem. A unção é para derrubar o inimigo. Também tem a unção de SACERDOTE para ministrar e sacrificar. Ex. 30: 22 -30, e a unção de PROFETA a boca de Deus na Terra I Rs. 19: 13-16.
No Novo Testamento, também temos unção II Co. 1: 12-22; Ef. 4: 8-15, unção para APÓSTOLO, pessoa chamada e escolhida por Deus para colocar o fundamento I Co.3: 10 e 11; Ef. 2: 19 e 20 abrir trabalho, fundar igreja e fazer missões. Atos 13: 1-4.
PROFETA: Pessoas escolhidas e chamadas por Deus para profetizarem a Palavra de Deus pela pregação e pelo ensino. Jr. 7: 25 e 26; Lc. 4: 22 -24.
EVANGELISTA: Pessoas escolhidas e capacitadas por Deus, para fazerem grandes obras evangelisticas, atrair multidões, e fazer grandes eventos evangelisticos com sinais e prodígios e milagres e pregar a Palavra de Deus em qualquer lugar e em qualquer tempo. Atos. 8: 1-13; I Tm. 4: 1-5.
DOUTORES: Pessoas escolhidas e chamadas por Deus, capacitadas com a sabedoria e a ciência da Palavra, para ensinar e interpretar a Palavra de Deus. Obs: Para quem recebe esta unção não há necessidade de fazer cursos, seminários ou faculdades teológicas, pois ele já é capacitado por Deus. II Co. 3: 4 e 5; I Jô. 2: 26 e 27; I Co. 12: 7;Gl. 1: 10-12. Estes Dons estão na Bíblia, é para todos que quiserem, é somente ter a vontade e coragem para buscar. Jr. 33: 2 e 3; Tg. 1: 5; I Rs. 3: 1–13; Dn. 5: 11-14; Ef. 1: 15-17; Cl. 2: 1-3.
PASTOR: Pessoas capacitadas por Deus para pastorear e conduzir o rebanho (ver estudo O Pastor segundo a Bíblia, tema PODER DE DEUS). Jesus foi ungido a Rei, Sacerdote e Profeta. Jõ. 3: 22-35; Ap. 19: 16; Hb. 3: 1; Hb. 5: 1-6; Atos 7: 1-37. E também estava em Jesus todos os ministérios do Novo Testamento Ef. 4: 1-7, e não está escrito que Jesus foi ungido com o Espírito Santo para arremessar as pessoas, derrubar o crente de tanto rir, derrubar pessoas com o sopro, derrubar as pessoas com capas ou paletó, derrubar pessoas para dormir Lc. 4: 14-18. A unção que estava em Jesus é a mesma unção que está naqueles que recebem o seu ministério Ef. 4: 7-15.
A unção de Cristo é para evangelizar, curar enfermo, libertar os oprimidos e cativos do diabo, quebrantar corações, pregar boas novas (perdão, salvação e vida eterna), anunciar o ano aceitável do Senhor. Atos 17: 15-31.
Segundo o meu entendimento a doutrina da unção que derruba é mais um vento de doutrina, nada mais do que doutrinas de demônios, em fim um espírito de erro nas igrejas. I Tm. 4; 1; II Ts. 2: 7-11; Jr. 23: 13; Jr. 6: 16-19;
I Jõ. 4: 6.
terça-feira, 9 de março de 2010
ESCOLA DOMINICAL: LUGAR DE CORTAR CANA
Conta-se que certo caipira no seu trabalho rotineiro, num canavial, quando, de repente, viu brilhar três letras no céu: VCC. Muito religioso, o caipira julgou que aquelas letras significavam: “Vai Cristo Chama”. Fiel à visão correu ao pastor de sua igreja e contou-lhe o ocorrido, concluindo que gostaria de devotar o restante de sua vida à pregação do evangelho. O pastor, surpreso diante do relato, disse:
- Mas para pregar o evangelho, é preciso conhecer a Bíblia. Você conhece a Bíblia o bastante para sair pelo mundo pregando a sua mensagem?
- Claro que sim! Disse o homem.
- E qual é a parte da Bíblia que você mais gosta e conhece?
- As parábolas de Jesus, principalmente a do bom samaritano.
- Então, conte-a! Pede o pastor, querendo conhecer o grau de conhecimento bíblico do futuro pregador do evangelho.
O caipira começa a falar:
- Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu entre os salteadores. E ele lhes disse: Varões irmãos escutem-me: Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou. E lhes entregou seus bens, e a um deu cinco talentos, e a outro, dois, e a outro, um, a cada um segundo sua capacidade. E partindo dali foi conduzido pelo Espírito ao deserto, e tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, teve fome, e os corvos lhe traziam alimento, pois se alimentava de gafanhoto e mel silvestre. Sucedeu que indo ele andando, eis que um carro de fogo o ocultou da vista de todos. A rainha de Sabá viu isso e disse: “Não me contaram nem a metade”.
- Depois disso, ele foi até a casa de Jezabel, mãe dos filhos de Zebedeu, e disse: “Tiveste cinco maridos, e o homem que tens, não é teu marido”. E olhando ao longe, viu a Zaqueu pendurado pelos cabelos em uma árvore e disse: “Desce daí, pois hoje almoçarei em tua casa”. Veio Dalila e cortou-lhes os cabelos, e os restos que sobraram foram doze cestos cheios para alimentar a multidão. Portanto, não andeis inquietos dizendo: “Que comeremos?”, pois, o vosso Pai celestial sabe que necessitais de todas essas coisas. E todos os que ouviram se admiraram da sua doutrina”.
Depois da sua “brilhante pregação” o caipira, entusiasmado, olhou para o pastor e perguntou:
- E então, estou pronto para pregar o evangelho?
- Olha meu filho, disse o pastor; eu acho que aquelas letras que apareceram no céu não significam;
- “Vai Cristo Chama”, e sim:
“Vai Cortar Cana”.
Moral da história: Para pregarmos o evangelho genuíno, precisamos primeiro cortar cana (Estudar a palavra de Deus, conhecer o Deus da Bíblia). E o melhor canavial que conhecemos chama-se Escola Bíblica Dominical.
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